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Entre os inúmeros martírios da época da revolução anticlerical liberal do governo mexicano, em 1926, nenhum chamou tanto a atenção como o do sacerdote Jesuíta, Padre Miguel Agustín Pró. Acusado injustamente de participação num atentado contra o ex-presidente Álvaro Obregón, foi fuzilado diante das cameras dos jornais que o governo chamou para gravar o esperado espetaculo de um padre implorando por misericórdia. Ao revelar sua ultima vontade, Padre Miguel ajoelha-se, beija o crucifixo, reza e, a seguir, ergue os braços em forma de cruz, e com voz firme, nem desafiante, nem desesperada, entoa de forma comovente palavras que se tornaram uma confissão de fé: Viva Cristo Rei! Desde o inicio da perseguição exercia, com coragem incomum, sua missão junto aos católicos, numa inteligente clandestinidade, aliada à capacidade de inventar peripécias e disfarces. O governo passou a perseguir a ele e a sua família, considerando-os perigosos ao país. Nasceu em 1891, fuzilado em 1927 e beatificado por João Paulo II, em 25 de setembro de 1988.