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A obra foi escrita em vista de alimentar o encontro pessoal com Jesus. Tem por conseguinte, na sua fonte, uma experiência de Jesus, de seu ensinamento e de sua pessoa, tal como viveu como homem. Esse caráter experiencial caracteriza a obra como uma longa e serena meditação sobre Jesus.

Na primeira parte, o autor considera Jesus como mestre, partindo de sua mesma natureza como Palavra de Deus, encarregado de anunciar o Reino e ensinar os caminhos a serem trilhados. Atua segundo o modelo dos mestres judeus e tem sempre em mente o essencial da Palavra de Deus. Desse ponto de vista, compreendem-se as parábolas e as demais particularidades da pedagogia de Jesus, considerando-se igualmente o que o autor chama de "palavras provocadoras" de Jesus e seu ensinamento sobre a oração.

Na segunda parte, focaliza-se a humanidade de Jesus: seu aspecto físico, seu olhar e seu caráter; além do respeito profundo ao ser humano e a confiança que deposita nos que o seguem, tratando-os verdadeiramente como amigos.

O autor, em seguida, sob diversas perspectivas, fala do humorismo de Jesus, de suas simpatias humanas, aproveitando para sublinhar seu silêncio e sua maneira de viver a sexualidade. Examina depois diversas relações de Jesus: com Nicodemos, com o cego de nascença, que tem ocasião de curar e de receber o testemunho; com Zaqueu; com o centurião romano e com as mulheres que o acompanham, até mesmo depois de sua morte. Consagra um capítulo interessante sobre seu enfrentamento com Satanás e conclui traçando-lhe um perfil como homem.

Em seus 36 capítulos, o livro pode servir como um aporte de meditação sobre Jesus.