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Em 2005, depois da aprovação e implantação da Lei de Diretrizes e Bases (LDB), que trouxe grandes novidades e desafios para a educação nacional, a Pastoral Universitária da PUC-SP, representada pelo padre Edélcio Ottaviani, e a Vice-Reitoria Comunitária, pela professora Silvana Tótora, preocupados em atender estudantes que buscavam o curso universitário, decidiram criar um cursinho pré-vestibular. O objetivo do projeto - Foco Vestibular - consistia na preparação do aluno egresso de escola pública e de baixa renda para o ENEM, dando-lhe condições de fazer o exame vestibular e, em caso de aprovação, manter-se na universidade.

Desde as primeiras discussões, tinha-se a clareza de que o Projeto Pedagógico não poderia ser similar ao dos cursinhos existentes no mercado, uma vez que os objetivos eram mais amplos e somavam-se os esforços acadêmicos de professores, agentes da pastoral universitária, alunos e funcionários em tornar o curso um experimento ético.

Educação e extensão universitária, Foco Vestibular um experimento da diferença relata essa experiência inovadora, tanto do ponto de vista pedagógico quanto pastoral, de preparação, acesso e permanência na Universidade de estudantes de escolas públicas provenientes das populações de pobres, negros, indígenas, e de demais minorias.

Além da Introdução, que apresenta de forma detalhada o percurso do Projeto, em sua primeira parte, sempre na perspectiva da interdisciplinaridade, foca a diversidade étnica e cultural, além do problema de acesso e permanência dos estudantes no Cursinho. A segunda parte trata especificamente da formação de professores, mostrando, a cada capítulo, como os professores de Prática de Ensino, professores coordenadores, construíram os módulos do projeto em relação a sua área de conhecimento (escolhas teóricas, produção de material, orientação dos futuros professores) sempre em diálogo com o conjunto de participantes do Projeto, o que resultou em experiências ricas e gratificantes, seja para os coordenadores, seja para os regentes, seja para os estudantes. A sua leitura revela que ainda é possível acreditar na Educação como caminho de transformação do homem e da sociedade.