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Os conselhos evangélicos na ótica da comunicação constitui uma espécie de retiro espiritual para homens e mulheres consagrados, que se dedicam ao trabalho missionário e apostólico na área da comunicação e sentem necessidade de alcançar uma visão homogênea de sua vida, unindo à consagração a Deus o trabalho num setor tão dispersivo e secularizante com o da mídia de todos os naipes. A autora, se baseia na idéia que se faz Paulo do seguimento de Jesus, referindo-se ao texto maior do hino cristológico de Filipenses 2,6-11. Trata da vida consagrada com base nos conselhos evangélicos, conferindo-lhes, portanto, prioridade, em relação aos votos, que eram considerados em primeiro lugar na teologia da vida religiosa. Na primeira parte, depois de apresentar o sentido da vida consagrada, sua radicalidade evangélica e sua beleza, convida-nos a acolher este dom com esperança, colocando-nos à escuta do Espírito, o qual sempre abre perspectivas de futuro. Introduz, então, as considerações relativas à era da comunicação, que é hoje o contexto social em que a vida consagrada é chamada a anunciar o Evangelho e percorre o caminho indicado por Paulo, que nos apresenta a via comunicativa dos conselhos evangélicos a partir da "kénosis" de Jesus. Na segunda parte desenvolve o que chama de dimensão comunitário-apostólica dos conselhos evangélicos na linha da kénosis que caracterizou, segundo Paulo, a comunicação do Filho de Deus aos humanos, pela irradiação de seu amor, sua pobreza e sua obediência, precisamente os três conselhos de Jesus aos que se dispunham a segui-lo. Escrito como um texto de retiro, em clima de leitura orante, a obra dispõe de vários recursos pedagógicos, como sínteses, resumos, perguntas e indicações que facilitam ao leitor entrar no âmago da vida consagrada de um comunicador ou comunicadora consagrada em nossos dias.