Cordel do negrinho do pastoreiro


Disponível
Editora: PAULINAS
Autor(es): Lourenço Cazarré
Coleção: Re-ver
Código: 536610
R$ 42.5
ou em até 2x de R$ 21.25 sem juros

Ficha técnica

Código de barras:
9786558082651
Peso:
150
Dimensões:
21.00cm x 0.00cm x 26.00cm
Código:
536610
Idioma:
PORTUGUES
Número de páginas:
48
Edição:
1
Data de Lançamento:
23/10/2023

Detalhes

A lenda do Negrinho do Pastoreio tem origem no Rio Grande do Sul, registrada por Simões Lopes Neto (1865-1916). Tornou-se popular durante a campanha abolicionista, já que focaliza a crueldade de um senhor de escravizados. Segundo a lenda, transformada aqui em cordel pelo autor, havia um estancieiro muito mesquinho e cheio de ódio no coração que só amava o seu cavalo baio. Certo dia, marcou uma corrida contra um cavalo mouro e colocou o seu escravizado, um Negrinho sem nome, como ginete. No último momento, o baio perdeu a corrida e, como castigo, o estancieiro açoitou sem piedade o Negrinho e mandou que o menino cuidasse da tropa de seus cavalos, ao relento. Durante a noite, o menino adormeceu os cavalos fugiram. O estancieiro castigou o menino com uma violenta surra e mandou-o à procura dos cavalos perdidos. O menino chegou a encontrá-los, mas os cavalos escaparam de novo. Dessa vez, o estancieiro além de surrar o menino, amarrou-o ao pé de um formigueiro, sendo devorado pelas formigas. Três dias depois, porém, em vez de encontrar o cadáver do escravizado, o fazendeiro encontrou o Negrinho ao lado da Virgem Maria. Assustado, o estancieiro ajoelhou-se e pediu perdão. Negrinho, porém, montou num cavalo a pelo e fugiu dali. A partir de então, passou a percorrer os pampas, pastoreando sua tropa. Na região, quem perder alguma coisa pode rezar pedindo sua intercessão. Negrinho acha as coisas perdidas e as coloca em lugar que seus donos possam encontrá-las, desde que estes acendam uma vela para a Virgem Maria. O cordel é um gênero muito popular originado em relatos orais, recitado de forma melodiosa e cadenciada. Neste livro é apresentado em forma de sextilha, a mais conhecida estrofe ou estância de seis versos de sete sílabas, com o segundo, o quarto e o sexto rimados.