Detalhes

A coleção "LBT" (Livros Básicos de Teologia) foi pensada de forma a articular teologia e prática pastoral, as obras da coleção cobrem todas as áreas da teologia e proporcionam formação teológica básica aos agentes de pastoral, estudantes e aos que buscam conhecer e aprofundar a fé cristã. Todas as obras são de autores nacionais, teólogos, teólogas e biblistas com grande produção e pesquisa acadêmicas e com forte atuação no "chão teológico" do Brasil e da América Latina. O livro do Pe Roberto N. Starlino, sob o título meio velado de Direito eclesial (note-se que não diz canônico): instrumento da justiça do Reino (o que coloca o direito no lugar secundário dos instrumentos e o subordina, não à Igreja, mas ao Reino!), nos propõe, de fato, uma forma nova de encarar a organização da comunidade cristã nos dias de hoje, dando grande ênfase à conjuntura eclesial específica latino-americana. Como tal é uma leitura obrigatória para todos que lidam com a organização eclesial, desde as estruturas fundamentais até às exigências das diversas pastorais. Seu objetivo é de humanizar o direito e de encontrar na confissão cristã de fé a medida para uma vida humana plena, tanto das pessoas como das comunidades. A perspectiva da fé situa o estudo no amplo campo da teologia, comandado pela revelação do Pai, feita por Jesus, no Espírito. É um convite à esperança e um programa de vida comandado pelo amor. O direito da Igreja é instrumento de comunhão, participação e missão. No mistério da Igreja, que é lugar de tal empenho co-responsável, está também o direito como importante instrumento de edificação da comunidade. Partindo desta chave de entendimento, propõe um diálogo com quem se dispõe a ler, servindo-se de alguns conceitos, que lhe parecem adequados para um estudo introdutório ao Direito Eclesial, a saber: instrumento, justiça e Reino. Com isso, o estudo divide-se em três tempos. O primeiro trata algumas questões de método usando o conceito de "instrumento". O segundo reflete o conceito de "justiça" e propõe-se a apresentar, brevemente, quem protagoniza a ação evangelizadora, a saber: as pessoas fiéis, ou, como disse Puebla, os agentes de comunhão e participação. A categoria "Reino" apóia a reflexão do terceiro tempo, que aponta também, rapidamente, as estratégias para a evangelização, meios para a comunhão e participação presentes nos atuais códigos de Direito Canônico.