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José Maria Toro traça as grandes linhas fundamentais de sua vida com um grupo de meninos e meninas de Sevilla, desde a primeira até a quinta série do ensino fundamental (1993-1998). Não pretende comprovar nada, tão-somente mostrar os caminhos percorridos por alguém que se dedicava à sociologia e à filosofia da educação e que resolveu transmitir a experiência concreta da sala de aula.

No centro de suas descobertas, está a percepção de que razão e coração, especialmente na infância e no período de desenvolvimento, andam sempre juntas e se enriquecem mutuamente quando assim tratadas, prejudicando-se também uma à outra, quando separadas. Cunhou então a idéia de co-razão para designar os princípios teóricos, que comprovou no exercício da sala de aula, acompanhando uma turma nos cinco primeiros anos da escola.

Muito mais do que uma teoria ou uma técnica, trata-se do educador se aproximar das crianças como pessoas, que têm sua forma pessoal de compreender o mundo e de reagir aos diversos acontecimentos de sua vida. Além de entender sua lógica e ajudá-las a resolver as dificuldades e problemas com base em orientações e estímulos que as levam a vivenciar o dia-a-dia da escola com prazer. O desenvolvimento do tema parte da análise do encontro, como momento central do trabalho pedagógico, em que se procura integrar corpo, mente e coração, a fim de alcançar que o aprendizado torne felizes a todos, alunos e mestres.