Encarnação (A)

Debate cristológico na teologia cristã das religiões
Disponível
Editora: PAULINAS
Autor(es): Manuel Hurtado, sj
Coleção: Pesquisa teológica
Código: 522325

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Ficha técnica

Código de barras:
9788535633382
Peso:
280
Dimensões:
15.50cm x 0.00cm x 23.00cm
Código:
522325
Idioma:
PORTUGUES
Número de páginas:
200
Edição:
1
Data de Lançamento:
05/11/2012

Detalhes

Nas últimas décadas, a reflexão teológica debruçou-se sobre a problemática da religião e das religiões. A explosão religiosa destes tempos pós-modernos fez aflorarem desde movimentos religiosos vagos, espiritualistas, com toques místicos, até tradições religiosas nativas deste continente ou vindas do Oriente e/ou da África. A teologia cristã não poderia ficar indiferente a essa nova situação. O teólogo protestante inglês John Hick e os teólogos católicos Aloisius Pieris, Paul Knitter, Jacques Dupuis e Claude Geffré dedicaram estudos especiais a tão delicada temática, alargando os horizontes do diálogo. Afastaram-se tanto do exclusivismo católico tradicional, que interpretava quase literalmente o Extra ecclesiam nulla salus, como de certas formas inclusivistas, para adotar diferentes expressões pluralistas. Parte da coleção "Pesquisa Teológica", este livro enfrenta precisamente tal tema, consciente de que este é extremamente atual e espinhoso. Ele situa-se entre os dois extremos da rigidez dogmática: aquele que evita todo diálogo com as outras religiões, desconhecendo-as como verdadeiras mediações de salvação, e o viés do pluralismo, que afirma serem todas as religiões igualmente salvíficas. Seu enfoque do problema privilegia o mistério da Encarnação, e visa explicitar a fé cristã de maneira intelectualmente honesta, em face das questões levantadas pelas demais religiões. A honestidade não nos permite desconhecer a seriedade do problema, mas também não nos leva a demitir-nos de dar razão esclarecida da própria fé cristã, cristológica. Daí surge necessariamente a tarefa de repensar a teologia, trazendo-lhe novidades. Se a teologia permanecesse totalmente a mesma, não teria havido diálogo nem abertura. Mas também, se abdicasse de sua identidade e originalidade, haveria somente conversão e não encontro dialógico. Entre esses dois extremos passeia a reflexão teológica de Manuel Hurtado, ao se confrontar com as perspectivas de pluralismo religioso dos teólogos escolhidos para este diálogo. O ponto fulcral desta reflexão assenta-se na cristologia, e particularmente na Encarnação. Trata-se menos de teologia do diálogo inter-religioso e antes de teologia cristã das religiões. O que importa aqui é que a fé cristã se exprima a si mesma diante do mistério da pluralidade das religiões. O primeiro destinatário não se localiza nas fronteiras das outras religiões, mas no interior da fé cristã, quando ele se debate com a pluralidade das religiões. A obra responde, portanto, à proposta anselmiana da fé que busca inteligência. Dessa forma, o autor evita entrar na perspectiva dos que pretendem sondar os desígnios de Deus com respeito ao mistério da pluralidade das religiões, ao levantar a suspeita de que tal pretensão excede os limites do teologar humano.