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Cada dia mais o ser humano se vê isolado e solitário no meio de tanta correria e no meio de tanta gente. Hoje não há tempo para se perder. Não temos tempo para coisas insignificantes, como nos sentar para dialogar ou para cativar alguém. No entanto, não podemos viver sozinhos, sufocados por problemas e alegrias não partilhados na intimidade do amor fraterno. A amizade independe da distância e também da semelhança ou igualdade das pessoas, transcende a corporeidade. A diferença e a complementaridade podem ser elementos preponderantes na constituição de um relacionamento de amizade.

Para o cristão, amizade é um imperativo ético. Amar não é obrigação... é doação... é partilha... é reciprocidade amorosa espontânea e livre. Qualquer amizade só tem possibilidade de continuar se houver reciprocidade, se for correspondida. E não pode deixar de ser celebrada, para se atualizar e renovar.

O texto de Ana Paula Bastos é um compêndio da amizade, que leva o leitor a, prazerosamente, sentir a essencialidade da amizade que é existencial, absolutamente vital para o ser humano. Temos necessidade de amar e de sermos amados. O texto de Ana Paula é, ainda, enriquecido com a presença de mestres do pensamento, antigos e atuais que, nos seus dizeres sapienciais, oferecem a marca da universalidade e pessoalidade da amizade.