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Ninguém nasce genial é uma narrativa juvenil, permeada de humor, em linguagem jovial, divertida e descolada. Enredo interessante, a narrativa traz mensagens de valor e um desfecho que revela sensibilidade e poesia. Num dia chuvoso sem nada pra fazer, Clarice -- fuçando o baú da bisavó materna Laurinda, já falecida -- encontrou um diário. Nele soube que a bisa teve um cavalo inteligente que somava, subtraía, usava frações, decimais, dizia as horas, as cores e outras coisas mais, ora batendo a pata ora acenando com a cabeça. Intrigados, ela e o pai retornaram à cidade da bisa - Viamão, próxima a Porto Alegre e por várias tardes viajaram para investigar a veracidade da história escrita no diário. Nessas visitas, ambos conheceram pessoas, descobriram sentimentos e valores que os levaram a rever suas atitudes e escolhas. Comprovaram que o tal cavalo existira e a neta resolveu, também, escrever um diário, porque não fosse aquele de sua bisa, ela não teria vivido tantas experiências. Nada é tão velho que tenha que ser descartado, nada é tão novo que não possa ser incorporado. Descobrindo histórias do passado, Clarice descobre um dos maiores bens da humanidade: a transmissão da cultura e do conhecimento.