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Em continuidade com as Sagradas Escrituras, em que Deus nos fala através de fatos e de palavras, a história cristã, em todos os momentos de seu longo percurso bi-milenar, testemunhou sempre, dos dons de Deus, sua vocação a ser memória do gesto salvador de Jesus. O martírio, desde as origens cristãs até hoje, é o grande sinal do testemunho cristão. Igualmente, em ambientes de cristandade verificaram-se inúmeros casos de estigmatizados, que recebiam no seu corpo as marcas de Jesus causadas pelos maus tratos de que foi vítima nas mãos da soldadesca que o flagelou e o acompanhou até o calvário. O testemunho do Padre Pio de Pietralcina, canonizado por João Paulo II, mostra que os sinais da paixão impressos em seu corpo, não podem ser unicamente interpretados na sua materialidade, mas constituem a expressão eloqüente e encarnadaemado amor, que justamente se torna manifesto pelo reconhecimento de sua santidade. As cartas do Padre Pio, como é conhecido, são a revelação dos sentimentos que animavam o seu coração de homem marcado pelo amor e, por isso, semelhante a Jesus vítima, espiritualmente próximo do Redentor no seu gesto de total entrega de si mesmo pela salvação da humanidade. Ler essas cartas é penetrar na alma de um santo e perceber o significado dos estigmas que o celebrizaram.