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Santa Maria Goretti, canonizada por Pio XII e conhecida como a vítima da pureza, por ter sido assassinada resistindo a uma tentativa de estupro, vem sendo abordada numa nova perspectiva, em que se acentua sua vida cristã exemplar desde a mais tenra idade, aos 6 anos incompletos. A vida de Mariazinha, como era chamada na intimidade, escrita por Dino De Carolis, irmão educador, faz um leitura nova da santa venerada no santuário de Nossa Senhora das Graças, em Nettuno, Itália: o martírio, na realidade, foi resultado de uma vida de santidade sólida e profunda, consciente e simples, inserida nas tradições cristãs, mas também original. É a santidade do cotidiano, vivida encarnando integral e serenamente as virtudes teologais dentro de uma história semeada de alegrias e esperanças, dores e angústias. Essa nova narrativa da história de Mariazinha, a partir do seu mundo e das pequenas coisas que preenchiam o seu dia, oferece um "diário" dos seus maravilhosos 12 anos, que pode ser proposto aos jovens cristãos de todos os tempos. Uma revisitação humanísssima, mas profundamente interior, até as fibras mais íntimas do seu segredo de santidade, que se expressa animando e transformando as dimensões profundas da pessoa: sua afetividade no amor, sua capacidade de trabalho e de relação com os bens materiais, o sentido de liberdade e de sociabilidade. Na tradição cristã, tais atitudes fundamentais da pessoa, em contato com a novidade evangélica, configuram uma personalidade nova, à imagem de Jesus.O quadro de conjunto, levando em conta inúmeras particularidades do caminho de Maria Goretti, renova sua imagem e a torna uma inspiração e um estímulo para todos os adolescentes cristãos.